A Secretaria de Agricultura de Camboriú realizou, nesta semana, a aplicação de larvicida biológico BTI em rios, córregos e cachoeiras da cidade para controlar a proliferação de borrachudos. Diferentemente dos larvicidas químicos, o produto aplicado em Camboriú não é tóxico para seres humanos ou outros animais. A bactéria Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI), que serve de base para o larvicida biológico, produz proteínas que se transformam em toxina apenas no intestino da larva de alguns mosquitos, como a do borrachudo, mas também a do Aedes aegypti – transmissor de doenças como Dengue, Febre Amarela, Zica e Chikungunya.
Como as larvas dos borrachudos se desenvolvem em água corrente, esse foi o foco da aplicação, que abrangeu nos últimos dias, 22 e 23, as localidades de Macacos, Caetés, Louro, Cobra Fria, Braço, Encantada, Limeira, Areia Vermelha, Rio Pequeno e Rio do Meio. O veterinário Luiz Henrique Meschke, responsável pelo controle na Secretaria de Agricultura, explica que com a proximidade do verão a aplicação do larvicida será periódica, já que o calor favorece a proliferação do borrachudo.
“Esse controle é necessário por causa do incômodo que o borrachudo causa para a população do interior da cidade, principalmente para as crianças que são alérgicas. Com a chegada do calor, vamos realizar a aplicação a cada 15 dias”, explica o veterinário. Ele destaca, ainda, que os próprios moradores podem ajudar a evitar a proliferação do borrachudo, recolhendo lixo, galhos e outros resíduos – como vegetação solta da mata – de dentro das águas correntes, de maneira a evitar a fixação das larvas nesses materiais.