Um vídeo que está circulando as redes sociais nesta segunda-feira (29) mostra uma mancha negra no mar de Balneário Camboriú, dando a entender que a mancha trata-se de esgoto, porém esta mancha que aparece no vídeo são apenas algas.
Estas algas são conhecidas como diatomáceas e briozoários, foram vistas pela primeira vez em Balneário Camboriú em 2004.
Segundo a Emasa estas algas não são nocivas a saúde, apenas criam mau odor quando expostos ao sol e, por isso, são recolhidos pela Empresa Ambiental.
A equipe do BC Notícias esteve no local e constatou que a mancha trata-se apenas de algas.
Estudos:
A Univali iniciou, neste ano, a segunda etapa dos estudos sobre os briozoários e diatomáceas, espécies exóticas que, nos últimos anos, estão mais frequentes na orla da Praia Central.
Realizados pelos docentes do curso de Oceanografia, os estudos irão subsidiar ações por parte da Prefeitura com relação a esses organismos marinhos e dão sequência ao trabalho desenvolvido desde o ano passado pela Secretaria do Meio Ambiente (SEMAM) e Univali. Na reunião, ficou acertado que os pesquisadores serão informados pela empresa Ambiental Limpeza Urbana e Saneamento, em tempo real, sobre o surgimento de quaisquer organismos marinhos em grande quantidade na praia. De acordo com o oceanógrafo Charrid Resgalla, professor do curso de Oceanografia da Univali, os organismos serão coletados para análises fisiológicas.
Nesta nova fase, será feita a modelagem da enseada, que é uma maneira de prever como a água circula dentro da enseada. No começo, os trabalhos serão mais teóricos. A SEMAM enviará aos pesquisadores os estudos relacionados ao engordamento da faixa de areia. Daqui a três meses devem ocorrer as atividades de campo.
“Esse estudo é um passo importante para termos um diagnóstico ambiental da nossa enseada, que precisa de ações concretas. Esperamos que, após esses estudos, tenhamos um caminho para resolver o problema que atinge a Praia Central”, diz o secretário do Meio Ambiente, Ike Gevaerd.
Em janeiro de 2018, começaram os estudos para identificar onde estão fixados os briozoários e diatomáceas, em parceria entre a SEMAM, Univali e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Para isso, os pesquisadores usaram embarcação e o equipamento Trenó Oceanográfico de Reboque (TOR), que fez filmagens do fundo do mar. Mergulhadores também auxiliaram. Até o momento, não foram localizadas as colônias de diatomáceas e briozoários no fundo do mar.
Confira o vídeo que causou a polêmica: