Balneário Camboriú registrou, até sexta-feira (16), 403 casos confirmados de dengue em 2025. O número representa uma redução de 94% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 6.804 casos. A cidade permanece no nível 3 de atenção, o que indica situação controlada, sem epidemia.
Em fevereiro de 2024, o município havia enfrentado um cenário mais crítico, com status de epidemia e registros de óbitos. Agora, os dados apontam um cenário mais favorável.
“Este ano, já estamos em maio e ainda não chegamos a 500 casos”, destacou a secretária de Saúde, Aline Leal.
A secretária atribui a melhora a uma série de fatores, incluindo ações preventivas, campanhas de conscientização e investimentos na saúde. Ela também mencionou a possível influência da imunidade coletiva, adquirida por pessoas infectadas no ano anterior.
“O resultado desse planejamento e organização está refletido nos números”, afirmou.
Entre as medidas adotadas, estão a capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde, realização do LIRAa, instalação da Sala de Situação, mutirões em bairros específicos, mais de 150 aplicações de fumacê e ações educativas como a realizada na Praça da Bíblia. Segundo o diretor da Vigilância Ambiental, David Cruz, mais de 45 mil visitas foram feitas até abril, incluindo vistorias em residências, armadilhas e pontos estratégicos.
O município também reforçou a comunicação com a população, com materiais informativos em português, espanhol e inglês, distribuídos em hotéis, no PIT e na rodoviária. Nas escolas, o programa “Detetives da Dengue” levou orientações a crianças e adolescentes.
Balneário Camboriú foi o primeiro município catarinense a adquirir o inseticida Fludora Co-Max, considerado altamente eficaz contra o mosquito. Além disso, a cidade foi selecionada pela Fiocruz para implantar o método Wolbachia, que introduz uma bactéria nos mosquitos Aedes aegypti, impedindo a transmissão da doença. A soltura dos primeiros mosquitos está prevista para agosto.
