Qual é o meio de mobilidade urbana mais eficiente? Para responder esta questão, o Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Camboriú promoveu em 23/09, durante a Semana da Mobilidade, o “Desafio Intermodal Intermunicipal Balneário Camboriú – Camboriú 2025”. Realizado anualmente em diversas cidades brasileiras, o Desafio Intermodal testa a eficiência de diferentes modalidades de mobilidade urbana. Tendo em vista o alto fluxo de pessoas e de veículos diariamente entre Balneário Camboriú e Camboriú, dado que as cidades são conurbadas, o desafio foi intermunicipal.
De acordo com a professora do IFC Camboriú e coordenadora do projeto Ciclobservatório, Roberta Raquel, o Desafio Intermodal deste ano contou com oito modalidades: carro, motocicleta, carro de aplicativo, carro elétrico, ônibus, bicicleta, bicicleta elétrica e a pé.
“Todos os participantes do Desafio saíram juntos exatamente às 18h do Teatro Municipal Bruno Nitz, em Balneário Camboriú com destino ao campus, na cidade de Camboriú. Cada desafiante escolhe seu próprio trajeto, devendo respeitar as leis de trânsito, simulando uma viagem diária de alguém que sai, no final do dia, do seu trabalho com destino à sua casa”.
“Tendo em vista que os meios de mobilidade precisam ser bons não somente para os indivíduos, mas também para a sociedade e para a natureza, além do tempo de deslocamento, o Desafio Intermodal levou em consideração a emissão de gás carbônico, a emissão de ruídos, o gasto de energia e o custo financeiro da viagem. Este ano as bicicletas, tradicional e elétrica, não só foram as mais eficientes como também levaram menor tempo no trajeto – 15 e 19 minutos, respectivamente. Apesar de ser o que tomou mais tempo (60 minutos), fazer o caminho a pé é o terceiro colocado em eficiência quando levado em conta os outros fatores, custo, barulho e poluição.”, destacou a docente.
De acordo com Roberta, a novidade este ano foi o carro elétrico, o quarto colocado em eficiência, ficando na frente de ônibus, moto e carro a combustão, nessa ordem. O último em eficiência foi o carro de aplicativo, devido ao custo da viagem e ao tempo adicional entre pedir e conseguir embarcar.
“Importante ressaltar que o cálculo só leva em conta os custos econômicos e ambientais do trajeto, dessa forma, custos ambientais relacionados com a produção dos veículos (tradicionais ou elétricos) e dos combustíveis ficam de fora. Também é interessante trazer para essa discussão que nossa estimativa indica que caso nossa região utilizasse ônibus elétricos, estes ocupariam a quarta colocação em eficiência, na frente dos automóveis elétricos”, explicou.
Confira o gráfico sobre o resultado: